Estudo sobre novo imunizante no Brasil aponta benefícios no tempo de resposta imunológica, postergando declínio cognitivo, sem sintomas, como barreira no caminho de fatores de risco.
Imagine se houvesse uma forma de prolongar o tempo em que podemos reconhecer nossos entes queridos e viver com clareza de pensamento na velhice, graças ao desenvolvimento de uma nova vacina que promete revolucionar a forma como envelhecemos. Um novo estudo sugere que essa esperança pode estar mais próxima do que se pensava, e que a vacina pode ser a chave para uma vida mais saudável e longeva.
Os cientistas estão trabalhando arduamente para criar um imunizante que possa prevenir ou retardar o declínio cognitivo associado à idade. A vacinação pode ser a solução para muitos dos problemas de saúde relacionados ao envelhecimento, e os resultados dos estudos são promissores. Com a vacina certa, podemos esperar uma vida mais plena e saudável, e a vacinação pode se tornar uma ferramenta essencial para a prevenção de doenças relacionadas à idade. A esperança é que, em breve, possamos ter uma vacina que nos permita viver com mais qualidade e longevidade.
Descoberta Revolucionária: Vacina Contra Herpes Zóster Pode Atrasar Demência em Idosos
Um estudo publicado na renomada revista científica Nature Medicine revelou que a nova versão recombinante da vacina contra herpes zóster, conhecida como Shingrix, pode atrasar em mais de cinco meses a chegada da demência em idosos que já estão predispostos a desenvolver a doença. De acordo com os pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, isso significa 164 dias a mais sem sintomas de demência, o que pode fazer uma grande diferença para muitos idosos e suas famílias.
A vacina contra o zóster age como se estivesse colocando uma barreira no caminho da demência, fazendo com que sua chegada demore a mais a ocorrer. Os cientistas britânicos analisaram prontuários de mais de 200 mil pessoas e perceberam que, após a vacinação com Shingrix, os idosos tinham um risco 17% menor de serem diagnosticados com a doença nos seis anos seguintes, em comparação com aqueles que tomaram a vacina de vírus vivo mais antiga, a Zostavax.
Benefícios Não Mensurados da Vacinação
Os resultados transcenderam o esperado e indicam que a nova vacina não só protege contra o herpes zóster, mas também traz benefícios até então não mensurados para a saúde mental dos idosos. Isso acontece porque, ao proteger contra a reativação do patógeno no organismo, o imunizante pode estar indiretamente combatendo um dos fatores de risco da demência.
O estudo também trouxe uma descoberta intrigante: a proteção conferida pela Shingrix foi ainda mais forte nas mulheres. Entre aquelas que tomaram a nova vacina, o tempo sem um diagnóstico de demência foi 22% maior, comparado a 13% entre os homens vacinados. Embora os pesquisadores não saibam ao certo por que isso ocorre, o dado reforça a necessidade de estudos futuros focados em diferenças de resposta imunológica entre os sexos.
Alerta para Aqueles que Têm Receios sobre a Vacinação
A descoberta também acende um alerta para aqueles que ainda têm receios sobre a vacinação. Além de proteger contra o herpes zóster, que causa dores e complicações na velhice, a Shingrix agora parece ter um potencial de benefício ainda mais amplo, o que pode motivar mais pessoas a buscarem o imunizante. O estudo também comparou os efeitos da Shingrix com outras vacinas comumente administradas em idosos, como a vacina contra influenza e a vacina contra tétano/difteria/coqueluche.
Nos indivíduos que receberam a Shingrix, o risco de demência foi consideravelmente menor, com um aumento de até 27% no tempo sem diagnóstico da doença em comparação com os outros imunizantes. Isso sugere que o efeito protetor pode ir além da prevenção do zóster e atuar de maneira mais específica contra fenômenos que aceleram o desenvolvimento de demência.
Fonte: @ Veja Abril
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