Três colégios já proíbem smartphones, mesmo antes do projeto de lei do Ministério da Educação. Os alunos enfrentam crises de abstinência, mas a medida é uma moda antiga que ajuda a evitar distrações e pochetes magnéticas. O Comitê Gestor da Internet apoia a medida.
Imagine um cenário sem o constante barulho de notificações e a luz azulada dos dispositivos móveis. É assim que vivem os alunos que não podem usar celular na escola. Sem a distração do aparelho, eles precisam encontrar outras maneiras de se relacionar e se divertir durante o horário de aula.
No entanto, é importante notar que a proibição do uso do celular na escola não significa que os alunos não tenham acesso a esses dispositivos em outros momentos do dia. Muitos deles possuem um smartphone que é usado para se comunicar com amigos e familiares fora do ambiente escolar. Além disso, a proibição do uso do celular na escola pode ser uma oportunidade para que os alunos desenvolvam habilidades sociais e de comunicação mais eficazes, sem a dependência do telefone. Aprender a se comunicar de forma eficaz é fundamental para o sucesso na vida.
Os Desafios da Proibição do Celular nas Escolas
A proibição do uso do celular nas escolas pode parecer uma medida drástica, mas é uma realidade que muitos estudantes estão enfrentando. Em algumas instituições de ensino, os celulares são ‘trancados’ em pochetes magnéticas durante o dia, e os alunos precisam aprender a se adaptar a essa nova realidade. Segundo a professora Maristela Costa, da escola Alef Peretz, em São Paulo, ‘é como a saída de um vício’. A escola adotou essa medida há sete meses, e os resultados são surpreendentes.
Os Primeiros Dias: Revolta e Resistência
No início, os alunos ficaram revoltados com a chegada das pochetes magnéticas. ‘Não poder usar celular nem no recreio é um pouco extremo’, diz o aluno Leo Gerchfeld, do 2º ano do ensino médio. Alguns sentiram abstinência do celular na hora do intervalo e ficavam perguntando: ‘o que vou ficar fazendo?’. As manifestações de desespero deixaram marcas nas pochetes, com tentativas de ‘arrombamento’ que estragaram o fecho delas. Os estudantes responsáveis foram obrigados a pagar novamente a taxa de R$ 170 para adquirir uma nova bolsinha.
Adaptação e Mudanças
Com o tempo, os alunos começaram a se adaptar à nova realidade. Eles passaram a prestar mais atenção às aulas e a brincar mais. Os adolescentes trocaram os chats de Whatsapp por esportes e interações ‘à moda antiga’, cara a cara. A professora Maristela Costa afirma que ‘os menores reaprendem a brincar, e os adolescentes trocam os chats de Whatsapp por esportes e por interações ‘à moda antiga”. A proibição do celular também levou a uma maior foco nas aulas, sem as notificações constantes.
O Contexto Nacional
O Ministério da Educação (MEC) anunciou que, em outubro, lançará um projeto de lei para proibir o aparelho nos colégios do país. Embora, por enquanto, não haja uma determinação nacional, 28% das instituições de ensino urbanas e rurais já implementaram restrições rígidas em relação aos smartphones, segundo a pesquisa TIC Educação 2023, divulgada em agosto deste ano pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Os Pais e a Restrição
Os pais também estão sendo afetados pela proibição do celular nas escolas. Alguns aprovam a medida, enquanto outros a consideram excessiva. A escola Alef Peretz, por exemplo, importou um modelo de pochete magnética dos Estados Unidos, que fica trancada por meio de uma peça semelhante aos alarmes usados em lojas de roupas. Só depois da última aula, um funcionário usa um ‘desmagnetizador’ para abrir as bolsas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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