Homem saiu de apartamento por medo de ameaças homofóbicas e de intolerância religiosa em setembro, em condomínio, informou em campanhas.
A falta de tolerância e a homofobia são problemas crônicos em muitas sociedades. O caso de João Júnior, um escultor de Madureira, Zona Norte do Rio de Janeiro, é um exemplo alarmante disso. Em setembro, ele encontrou pichações com mensagens ofensivas em sua porta, incluindo acusações de bruxaria e de ser servo de Satanás.
Em uma entrevista ao ‘RJTV’, da TV Globo, no sábado (16), João Júnior denunciou o caso, destacando a gravidade das ameaças. As mensagens deixadas continham ofensas homofóbicas e de intolerância religiosa. A homofobia e a intolerância religiosa são formas de violência que afetam muitas pessoas, especialmente do ponto de vista emocional. Em alguns casos, como o de João Júnior, elas podem levar a ameaças diretas. A falta de respeito e a intolerância religiosa são um problema que afeta profundos valores da sociedade.
Homofobia: Condomínio em setembro sente o peso da intolerância religiosa
Um ataque homofóbico em setembro levou João a questionar sua escolha de residência. Com uma opção religiosa que é frequentemente transportada, ele acredita que o trabalho com esculturas religiosas tenha motivado o ataque. João adquiriu o apartamento há quatro meses, mas o incidente causou um impacto psicológico profundo.
A mensagem ameaçadora, deixada na porta da residência, foi descrita como ‘aterrorizante’. João compartilhou sua experiência:
‘A mensagem era direta e ameaçadora: ‘Pegue suas imagem (sic) e suma do nosso condomínio. Ou vamos invadir e quebrar tudo. Depois, queimar em nome de Jesus. Viado dos infernos’. Essa experiência me deixou traumatizado, com medo de sair de casa e até mesmo dormindo na casa da minha irmã por alguns dias, apenas para tentar me sentir seguro novamente.’
O condomínio, após o incidente, decidiu tomar medidas para melhorar a segurança, incluindo a instalação de novas câmeras e a realização de campanhas para conscientizar os moradores sobre a importância do respeito às garantias individuais.
João ainda não tem certeza se continuará no imóvel, afetado pela homofobia e intolerância religiosa que ele enfrentou. ‘Eu não consigo mais prever um futuro do quanto eu já tinha previsto e tinha me planejado, né, tinha me projetado para algo muito maior. Isso me fez me limitar. O medo me limitou de saber até onde eu posso ir.’
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando o caso, e o condomínio está colaborando para resolver o caso e prevenir futuros incidentes.
Fonte: @ Hugo Gloss
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