Mudança para marcação eletrônica marca o fim do sistema após 147 anos; tecnologia já usada no Australia Open e US Open, também deve ser adotada no Roland Garros, substituindo a marcação manual pela automática no Grand Slam e ATP Tour.
O Wimbledon, um dos mais renomados torneios de tênis do mundo, está prestes a revolucionar sua forma de arbitrar as partidas. A partir do próximo ano, o tradicional torneio de tênis abandonará os juízes de linha humanos e adotará um sistema de marcação automática eletrônica para garantir a precisão e a justiça nos jogos.
Essa mudança marca o fim de uma era de 147 anos em que os árbitros de linha estiveram presentes nas quadras de grama do Wimbledon, observando atentamente cada movimento dos jogadores. A partir de agora, o campeonato contará com um sistema eletrônico que garantirá a precisão e a velocidade na marcação dos pontos, tornando a competição ainda mais emocionante e justa para os atletas. A tecnologia está mudando o esporte e o Wimbledon está na vanguarda dessa revolução. O futuro do tênis está aqui.
Wimbledon adota tecnologia de marcação automática
O clube privado inglês All England Club, responsável por sediar o torneio de tênis mais tradicional do mundo, anunciou que o Wimbledon adotará a tecnologia de marcação automática, conhecida como Electronic Line Calling (ECL), a partir de 2025. Essa inovação é mais uma etapa importante na busca pela precisão máxima na arbitragem do esporte.
A tecnologia ECL já é utilizada nos principais torneios de tênis, incluindo o Australian Open e o US Open. Além disso, todos os torneios da ATP Tour também adotarão essa tecnologia em 2025, provavelmente incluindo o Roland Garros, embora ainda não tenha sido anunciado oficialmente. A marcação automática é considerada mais precisa do que juízes de linha humanos, que muitas vezes precisam se esquivar para não serem atingidos por um saque.
O uso da tecnologia ECL não é novo no tênis. Em 2017, ela foi usada pela primeira vez como um experimento no ATP Next Gen Finals, um torneio que reúne os melhores tenistas até 21 anos na temporada. No entanto, foi durante a pandemia de COVID-19 que a tecnologia ganhou mais espaço.
A decisão de adotar a tecnologia ECL no Wimbledon foi tomada após a análise dos resultados dos testes realizados no Campeonato deste ano. ‘Depois de analisar os resultados dos testes realizados no Campeonato deste ano, consideramos que a tecnologia é suficientemente robusta e que chegou o momento de dar esse passo importante em busca da máxima precisão em nossa arbitragem’, disse Sally Bolton, presidente-executiva da All England Lawn Tennis Club, que sedia o Wimbledon, em um comunicado.
Um passo importante para o futuro do tênis
A adoção da tecnologia ECL no Wimbledon é um passo importante para o futuro do tênis. Além de aumentar a precisão da arbitragem, a tecnologia também pode ajudar a reduzir a pressão sobre os juízes de linha humanos, que muitas vezes são submetidos a situações de estresse durante os jogos.
Em 2020, por exemplo, o sérvio Novak Djokovic foi desclassificado do US Open após acertar uma bola numa juíza de linha, quando o torneio ainda não tinha adotado o sistema eletrônico. No mesmo ano, ele pediu que Roland Garros adotasse a tecnologia.
A adoção da tecnologia ECL no Wimbledon é um exemplo de como o tênis está evoluindo e se adaptando às novas tecnologias. O Wimbledon é um dos quatro torneios do Grand Slam, que reúne os principais eventos anuais do tênis, e a adoção da tecnologia ECL é um passo importante para manter o torneio como um dos mais importantes e respeitados do mundo.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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