Carla Zambelli negou acusações de mandante da invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça em 2023 e de ter solicitado hackeamento a Walter Delgatti, em depoimento ao Supremo.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) negou, em entrevista recente, as acusações de ter sido a principal responsável pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. Ela afirmou que não teve qualquer envolvimento no caso e que as acusações são infundadas.
Além disso, Carla Zambelli também negou ter solicitado o ataque cibernético a Walter Delgatti, que teria resultado na violação do sistema do CNJ. Ela enfatizou que não teve acesso não autorizado ao sistema e que não cometeu qualquer invasão ilegal. A verdade precisa ser revelada e as acusações devem ser investigadas de forma imparcial, disse a deputada. A justiça deve ser feita e os responsáveis devem ser punidos de acordo com a lei.
A Deputada e o Hacker: Um Caso de Invasão ao Sistema Eletrônico do CNJ
A deputada Carla Zambelli prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) em uma ação penal que a acusa, juntamente com o hacker Walter Delgatti, de invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A parlamentar é ré na ação por supostamente ter sido a autora intelectual da invasão, que teve como objetivo emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
A Primeira Turma do Supremo aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por unanimidade, em maio deste ano, tornando Carla Zambelli e Delgatti réus. O hacker é réu confesso e reafirmou as acusações contra a deputada durante seu depoimento. Segundo Delgatti, a invasão foi solicitada por Carla Zambelli, que teria pedido que ele realizasse o ataque ao sistema eletrônico do CNJ.
A deputada, no entanto, negou as acusações e alegou que não se recorda de ter recebido o mandado falso encontrado pela perícia policial em seu celular. ‘Não me lembro de ter recebido o mandado. Imagino que deve ser uma violação do meu celular’, declarou. A parlamentar também negou ter participado da invasão e alegou que não tinha motivos para se envolver em uma questão dessa natureza, especialmente considerando que já responde a outro processo no STF por causa de uma arma.
O Encontro no Palácio da Alvorada e as Acusações Contra o Ex-Presidente
Walter Delgatti também reafirmou que teve um encontro no Palácio da Alvorada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria pedido que ele assumisse a autoria de um suposto grampo realizado no aparelho celular do ministro Alexandre de Moraes. Pela citação do nome de Bolsonaro no caso, Delgatti foi processado pelo ex-presidente e condenado a dez meses de prisão por crime de injúria.
O hacker, conhecido como hacker de Araraquara, já foi condenado em primeira instância no âmbito da Operação Spoofing, que investigou a invasão aos celulares de autoridades, incluindo ao de procuradores e juízes da Lava Jato. A invasão ao sistema eletrônico do CNJ é apenas mais um capítulo na longa lista de violações e ataques cibernéticos atribuídos a Delgatti.
A ação penal contra Carla Zambelli e Walter Delgatti é um exemplo claro de como a invasão e o acesso não autorizado a sistemas eletrônicos podem ter consequências graves e afetar a segurança nacional. O caso também destaca a importância de proteger a privacidade e a segurança dos dados, especialmente em instituições públicas como o CNJ.
Fonte: © TNH1
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